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Cirurgia de catarata: principais dúvidas

Cirurgia de catarata principais dúvidas

A cirurgia de catarata é arriscada?

A cirurgia de catarata evoluiu muito nas últimas décadas, se tornando cada vez mais segura e eficiente. Trata-se de um procedimento de alta complexidade, delicado, intraocular e extremamente seguro. Como qualquer cirurgia e procedimento, a cirurgia de catarata não é isenta de riscos, complicações sérias para a visão do paciente são muito raras.

Como saber se é a hora certa de operar?

O momento da cirurgia de catarata depende, na maioria das vezes, da vontade do paciente de enxergar melhor. A partir do momento em que o paciente se incomoda com os sintomas da catarata, a cirurgia pode ser indicada. Os principais sintomas são: Visão turva, ofuscamento com a luz, alteração da percepção de cores, piora da visão em ambientes com pouca iluminação e aumento da miopia.

Em alguns casos específicos a cirurgia pode ser necessária para ajudar no tratamento de outras doenças oculares, sendo então indicada pelo médico oftalmologista.

Com a tecnologia atual, tanto em segurança da cirurgia quando em qualidade de lentes intraoculares, os pacientes têm se beneficiado da cirurgia de catarata mais precocemente.

A cirurgia dói? Como é a anestesia?

A cirurgia de catarata não dói e não precisa de internação.

A anestesia pode ser feita de várias maneiras. As principais formas são:

  1. Anestesia tópica, por meio de colírios;
  2. Bloqueio anestésico, injeção de anestésicos ao redor dos olhos.
  3. Leve sedação, normalmente associada com anestesia tópica ou bloqueio anestésico.

Em alguns casos específicos pode ser necessário realizar a cirurgia sob anestesia geral (catarata infantil, por exemplo). Cada cirurgião tem sua técnica anestésica de preferência, podendo variar em cada caso. Eu, por exemplo, prefiro que os pacientes sejam anestesiados com colírio anestésico e uma leve sedação para diminuir a ansiedade do momento cirúrgico, alguns pacientes dormem e outros conversam comigo enquanto são operados. Reservo as outras estratégias de anestesia para casos específicos.

Como é feita a cirurgia de catarata?

A cirurgia consiste em retirar o cristalino doente, a catarata, e colocar em seu lugar uma nova lente intraocular. A retirada do cristalino é feita com um aparelho chamado facoemulsificador, que quebra a catarata e a aspira para fora do olho. Pode ser utilizado o laser de femtosegundo para auxiliar a cirurgia. O laser automatiza, com muita precisão, etapas importantes da cirurgia, trazendo segurança e reprodutibilidade para o procedimento. Após a retirada da catarata é feito o implante da lente intraocular e a finalização da cirurgia. O procedimento usualmente dura cerca de 20 minutos, podendo variar de acordo com cada caso e estágio da catarata.

A cirurgia corrige também grau de óculos (miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia)?

Durante a cirurgia de catarata é feita a troca da lente intraocular doente, o cristalino, por uma lente intraocular nova. Existem diversas opções de lentes intraoculares. Utilizando as lentes com maior tecnologia pode-se sim corrigir, além dos graus de miopia e hipermetropia, os graus de astigmatismo e presbiopia. A escolha da lente e o resultado final dependem de muitos fatores. Antes de operar, converse com seu médico oftalmologista para entender o que se pode esperar com a sua cirurgia.

Qual a melhor lente intraocular?

Existem vários modelos de lentes intraoculares: as lentes esféricas, asféricas, tóricas e multifocais. Cada paciente tem sua rotina e exigência visual, e cada olho tem suas características estruturais e doenças associadas. A melhor lente intraocular, para cada caso, deve ser decidida pelo paciente e oftalmologista em conjunto. A cirurgia de catarata é personalizada, oferecendo para cada paciente a melhor possibilidade de tratamento específica para o seu caso. É importante entender sobre as diversas alternativas e saber o que esperar da estratégia escolhida.

Quais os cuidados que devo ter após a cirurgia?

No geral devem-se pingar os colírios de acordo com a receita médica, não coçar os olhos, não apertar os olhos, não se expor a ambientes com sujeira ou poluição, não se expor a muita iluminação ou calor de fogo, não dormir pressionando o olho operado, não praticar atividades físicas por 14 dias, ao tomar banho ou lavar o rosto tomar cuidado para que não caia água nos olhos. Com relação a alimentação e uso da visão, não é preciso alterar os hábitos diários.

No primeiro dia pode haver um leve desconforto de sensação de areia nos olhos, coceira e lacrimejamento. Caso sinta dor ocular intensa procure seu médico oftalmologista.

Uma observação importante é de que para os primeiros dias após a cirurgia devem ser usados colírios novos.  

A Catarata pode voltar?

Não. Depois de feita a cirurgia de catarata ela não volta. Caso o paciente perceba que voltou a ter visão turva mesmo depois de operado ele precisa ser avaliado. Provavelmente a estrutura que dá suporte à lente pode ter se opacificado e seja necessário realizar o procedimento chamado Capsulotomia posterior com Yag laser, também conhecido como “limpeza da lente”. Este procedimento é muito seguro, rápido, indolor e eficiente em recuperar a qualidade visual do paciente.

Pacientes com diabetes podem operar?

Podem sim. Inclusive a diabetes é um dos fatores de risco para o desenvolvimento da catarata. Contudo alguns cuidados são tomados nos pacientes diabéticos:

  1. Nos dias próximos à cirurgia a diabetes deve estar com bom controle.
  2. O exame da retina deve ser feito para saber se há lesões causadas pela diabetes no fundo do olho. Caso haja, pode ser necessário tratamento prévio ou posterior a cirurgia e isto também pode influenciar na escolha do tipo de lente intraocular que será utilizada durante a cirurgia.

Existe limite de idade para a realização de cirurgia de catarata?

Não. A cirurgia pode ser feita nos primeiros meses de vida, no caso de cataratas congênitas, e em pacientes com idade avançada. A idade não é motivo de contra indicação. Se o paciente tem indicação de operar e o risco cirúrgico é favorável, ele pode ser submetido à cirurgia.

Dr. Rodrigo Faeda Dalto | Oftalmologista | CRM-SP: 144436 | RQE: 56850

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